Advogado familiarista

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Divócio: como funciona e quais os principais aspectos legais

O divórcio representa o fim oficial do casamento e a possibilidade de dissolução completa dos vínculos jurídicos entre duas pessoas. Trata-se de um direito fundamental, assegurado a todos que não desejam mais manter a relação conjugal.

Com a evolução da legislação brasileira, o divórcio deixou de ser um processo demorado e burocrático, podendo hoje ocorrer de forma consensual e até mesmo extrajudicialmente, quando preenchidos certos requisitos.


O que é o divórcio e o que ele muda na vida dos cônjuges?

O divórcio encerra o casamento civil e extingue os deveres conjugais, como o dever de fidelidade, coabitação e assistência mútua. A partir da sentença ou escritura pública, os cônjuges tornam-se livres para reorganizar suas vidas, inclusive contrair novo casamento ou união estável.

Vale destacar que o fim da relação afetiva não altera automaticamente outros vínculos, como a responsabilidade parental e o dever de sustento dos filhos.


Tipos de Divórcio: Consensual e Litigioso

O ordenamento jurídico brasileiro prevê duas formas principais de divórcio:

1. Divórcio Consensual

Ocorre quando ambas as partes estão de acordo quanto à dissolução do casamento e aos seus efeitos — como partilha de bens, guarda dos filhos e pensão alimentícia.

Se o casal não tiver filhos menores ou incapazes, o divórcio consensual pode ser realizado diretamente no cartório, por meio de escritura pública, de forma rápida e menos onerosa.

2. Divórcio Litigioso

Quando não há consenso sobre o término ou as consequências do fim da união, o processo será judicial e mais complexo. O juiz será responsável por decidir sobre partilha, alimentos, guarda e convivência dos filhos, sempre considerando o melhor interesse das crianças envolvidas.


Quais documentos são necessários?

Para iniciar o divórcio, alguns documentos básicos são indispensáveis:

  • Certidão de casamento;
  • Documentos pessoais;
  • Certidão de nascimento dos filhos (se houver);
  • Documentos que comprovem bens a serem partilhados;
  • Acordo ou proposta sobre guarda, pensão e partilha.

Cada caso pode exigir documentos complementares, especialmente em processos litigiosos.


Existe tempo mínimo de casamento para se divorciar?

Não. Desde a Emenda Constitucional nº 66/2010, o Brasil eliminou prazos e requisitos como separação prévia. Ou seja, é possível se divorciar a qualquer momento, independentemente do tempo de união ou da existência de separação anterior.

Essa mudança fortaleceu o direito à liberdade individual, permitindo que ninguém permaneça preso a uma relação da qual não deseja mais fazer parte.


Como fica a partilha de bens no divórcio?

A divisão do patrimônio dependerá do regime de bens escolhido no casamento:

  • Comunhão parcial de bens: Divide-se tudo o que foi adquirido durante a união;
  • Comunhão universal: Todo o patrimônio, anterior e posterior ao casamento, é partilhado;
  • Separação total: Cada um mantém o que for de sua titularidade.

Disputas sobre bens são comuns no divórcio litigioso, tornando essencial a assessoria jurídica para garantir direitos e deveres.


E os filhos? O que muda?

O fim do casamento não extingue as obrigações parentais. O divórcio deve sempre preservar o bem-estar dos filhos, regulando guarda, convivência e pensão alimentícia.

O mais recomendado é a guarda compartilhada, que mantém ambos os pais ativos na criação dos filhos, mesmo que residam em casas diferentes.


Considerações Finais

O divórcio é um direito de todo cidadão e não precisa representar um cenário de conflitos e desgastes. Quando conduzido com maturidade e respeito, pode ser o primeiro passo para uma nova fase da vida, mais saudável e equilibrada para todos os envolvidos.

Buscar orientação jurídica especializada é fundamental para que o processo ocorra de forma tranquila e para garantir que todos os direitos sejam respeitados — especialmente quando há filhos ou patrimônio envolvido.

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